O jornal O Estado do Maranhão, numa nota na coluna "Estado Maior", intitulada "Queimado", faz crítica ao deputado Marcelo Tavares em relação ao seu desempenho enquanto presidente da Assembleia Legislativa.
É natural a insatisfação do grupo Sarney com o presidente Marcelo Tavares, pois o deputado socialista tem mantido uma postura política oposicionista contundente e se tornou um dos principais articuladores políticos das oposições, sem falar na sua opção pelo nome do deputado Flávio Dino para o governo do Maranhão, nas eleições de outubro.
Marcelo Tavares: incômodo ao grupo Sarney
O que ocorre, em verdade, é que acostumaram muito mal a governadora Roseana Sarney quando o assunto é presidente da Assembleia. Ela sempre contou com presidentes dóceis, pacatos e tolerantes com a falta de respeito do Executivo em relação ao parlamento maranhense.
Durante o seu mandarinato (1995-2002), Roseana Sarney fizera da Assembleia Legislativa um mero anexo do Palácio dos Leões para atender os interesses, uns legítimos, outros nem tantos, do seu governo.
Com o deputado Marcelo Tavares isso não ocorre. Ao contrário do que assegura a nota do O Estado, o atual presidente da Assembleia tem o carinho e o respeito da grande maioria dos seus pares no parlamento, o reconhecimento dos servidores da Casa e tem dado tratamento equânime aos jornalistas que cobrem o Legislativo, independente do veículo que fazem parte.
No aspecto da gestão, Marcelo Tavares sabe o que faz. Sabe também que é vigiado vinte e quatro horas por dia pelos adversários, principalmente Palácio dos Leões. Isso faz com que tenha cuidado e zelo redobrado na condução administrativa da Assembleia, pois qualquer cheiro de "coisa errada", fazem com Marcelo Tavares igualzinho como fizerem com o governador Jackson Lago.
A prudência do presidente Marcelo Tavares é que incomoda o grupo Sarney. Essa é a verdade.
Ah, não posso esquecer: ele é sobrinho do ex-governador José Reinaldo.
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